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A Base Nacional Comum Curricular


O que é BNCC?

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é o documento que define os conhecimentos essenciais que todos os alunos da Educação Básica têm o direito de aprender. Prevista em lei, ela deve ser obrigatoriamente observada na elaboração e implementação de currículos das redes públicas e privadas, urbanas e rurais.

O que é a reforma do ensino médio? (segundo o MEC)

A reforma do ensino médio é uma mudança na estrutura do sistema atual do ensino médio. Trata-se de um instrumento fundamental para a melhoria da educação no país. Ao propor a flexibilização da grade curricular, o novo modelo permitirá que o estudante escolha a área de conhecimento para aprofundar seus estudos. A nova estrutura terá uma parte que será comum e obrigatória a todas as escolas (Base Nacional Comum Curricular) e outra parte flexível. Com isso, o ensino médio pretende aproximar ainda mais a escola da realidade dos estudantes à luz das novas demandas profissionais do mercado de trabalho. E, sobretudo, permitirá que cada um siga o caminho de suas vocações e sonhos, seja para seguir os estudos no nível superior, seja para entrar no mundo do trabalho.

O outro lado da moeda.

A reforma do Ensino Médio, da qual a BNCC faz parte, tornou obrigatórias nas escolas brasileiras de Ensino Médio apenas as disciplinas de português e matemática. Todas as outras disciplinas (história, geografia, sociologia, filosofia, artes, educação física, língua estrangeira, física, química e biologia) não serão mais obrigatórias.

O currículo flexível poderá ser cumprido totalmente fora das escolas, por meio de inúmeras certificações de qualidade duvidosa e desatreladas dos princípios da formação escolar, tais como: cursos de aprendizagem oferecidos por centros ou programas ocupacionais (ex: Pronatec e Sistema S); experiência de trabalho supervisionado ou outra experiência adquirida fora do ambiente escolar (ex: trabalho volunáario); estudos realizados em instituições de ensino nacionais ou estrangeiras; cursos realizados por meio de educação a distância e etc.

Essa proposta serve para dificultar cada vez mais o ingresso da população de baixa renda na universidade. Os estudantes de escolas públicas, só terão acesso à português e matemática! Aos demais, todas as outras disciplinas, facilitando seu acesso às Universidades Públicas.

Caso essa proposta de BNCC seja aprovada, as escolas terão reduzidos seus quadros de educadores/as, pois ele dá margens a um ensino superficial por área do conhecimento.

Para até as disciplinas obrigatórias (português e matemática), a Reforma pretende oferecer conteúdos curriculares a distância, diminuindo as oportunidades de socialização.

Além de demissões em massa pela diminuição em massa pela diminuição de disciplinas, as relações de trabalho nas escolas serão precarizadas pela Reforma Trabalhista (Lei 13.467/17) e pela contratação de profissionais com “notório saber” na educação técnica-profissional.

O objetivo de mercantilizar o Ensino Médio, transferindo a parte flexível dos currículos ate mesmo componentes da BNCC para a iniciativa privada, através da educação a distancia, é exigência dos maiores apoiadores da BNCC, entre eles: Sistema S (SESC, SENAI, SENAC, SESI etc), Federação Nacional das Escolas Particulares e o Sistema Globo de Comunicações, por meio de seus Telecursos.

A mercantilizarão e a privatização do Ensino Médio, fomentadas pela Reforma, caminham em sintonia com a Emenda Constitucional n. 95, a qual congela por 20 anos os investimentos públicos em políticas sociais, inclusive na educação.

"Dia D": Reunião em todas as 28 mil escolas públicas/privadas.

O Ministério da Educação (MEC) e do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), convocaram escolas do Brasil inteiro para uma campanha nominada de “Dia D”. Com intuito de criação de debates nas escolas sobre a Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio.

As reuniões foram realizadas em 2 de agosto, um dia após a volta das férias escolares.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) orienta as afiliadas a promoverem intenso calendário de mobilização e denúncia para discutir com os/as trabalhadores/as as reais consequências das medidas propostas pelo governo antidemocrático.

Além do livro “BNCC e Reforma do Ensino Médio”, produzido pela entidade e lançado em maio de 2018, a instituição elaborou texto de subsídio voltado ao tema, caso o sindicato local opte por convocar paralisação nessa data. Também disponibilizou carta escolar para que cada escola do país registre a indignação com as mudanças no currículo. O instrumento também pede a revogação da Lei 13.415 e a rejeição das alterações indicadas. Está previsto, ainda, o envio de panfleto acerca do assunto voltado aos educadores e a população em geral.


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